Com projeto pioneiro, Curitiba transforma áreas ociosas em “fazenda urbana”

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Com projeto pioneiro, Curitiba transforma áreas ociosas em "fazenda urbana". Ilustraçãp:IPPUC

O Restaurante Popular do Capanema reativado embaixo do viaduto, em uma área que nos últimos anos acabou transformada pelo abandono e insegurança, faz parte de um conjunto maior de intervenções da Prefeitura na região. O Restaurante Popular pertence ao núcleo de segurança alimentar que tomará forma nos arredores da Rodoferroviária e do Mercado Municipal de Curitiba, na área de abrangência do Vale do Pinhão.

Para o lado oposto ao restaurante, no espaço sob a cabeceira do mesmo viaduto, a Prefeitura já está projetando um Armazém da Família. A unidade, além de oferecer produtos a preços até 30% mais baixos que os cobrados na rede privada de varejo, terá o diferencial da oferta de cursos de educação alimentar.

A costura desse “Polo de Alimentos” será feita pelo o Centro de Referência em Agricultura Urbana e Economia Criativa (Cereau), a ser implantado na área ociosa do antigo pátio de manobras de trens pertencente ao Patrimônio da União a ser cedida ao município.

Num espaço de 9.860 m² o Centro de Referência irá reunir diversas técnicas de plantio sustentável de hortifrutigranjeiros (como cultivo protegido, plantio elevado e acqua/hidroponia), espaço para grandes culturas e hortas comunitárias. A estrutura prevê ainda o uso de energias renováveis, como a eólica e captação de água de chuva para a irrigação e também solar, além de composteira própria. O gerenciamento de todo o processo será da Secretaria Municipal da Agricultura e Abastecimento.

Integradas, estas iniciativas pela segurança alimentar fazem parte de uma gestão coletiva do território com ações de inclusão social, formando um ecossistema produtivo, de reaproveitamento de alimentos, formação de empregos e cuidado com o meio ambiente.

“É uma forma de aproveitar o potencial do espaço. A proposta é que estes equipamentos possam gerar benefícios sociais, ambientais e educacionais para população”, afirma arquiteto do setor de Projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Paulo França.

Segurança alimentar
Cada uma das instalações está sendo pensada para gerar um tipo de uso que, em conjunto, formarão uma grande fazenda urbana que também contribuirá para a requalificação de espaços abandonados.

Segundo o arquiteto do Ippuc, a proposta é que todos os equipamentos estejam conectados. O Mercado Municipal e o Armazém da Família poderão funcionar como núcleos de orientação ao combate ao desperdício de alimentos, treinamento, cozinha escola e divulgação de práticas alimentares, além da venda de alimentos de qualidade.

Na complementação dessa cadeia, os resíduos orgânicos poderão ser usados na preparação do solo para o plantio de hortifrútis no Cereau e os produtos do cultivo abastecerem o Armazém da Família.

 

** Com Prefeitura Municipal de Curitiba

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