Os tempos mudam e as pessoas envelhecem mas não melhoram

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Foi promulgada há mais de dois anos a lei que proíbe fumar em ambientes fechados e não sei se não se estenderá também a locais abertos onde se reúne grande número de pessoas, como áreas de lazer de clubes, parques, hotéis, piscinas e praias, por exemplo.
Há 40 ou 50 anos era a coisa mais natural do mundo alguém ser filmado ou fotografado com um cigarro, uma piteira na boca ou entre os dedos. Em filmes, como Casablanca e outros clássicos do cinema, isso acontecia normalmente, mostrando atores e atrizes fumando, no desempenho de seus papéis.
Também na vida real era comum esse tipo de registro, fotográfico ou cinematográfico, pois o ato de fumar conferia um certo charme a homens e mulheres.
Na casa onde residiu, na cidade do Alegrete, hoje transformada no museu que leva o seu nome, podemos ver uma foto histórica em que Osvaldo Aranha, em 1947, se apresenta fumando, quando, como chanceler brasileiro, exerceu a presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Nas novelas de televisão e no teatro também isto era comum, e continua sendo, quando se quer caracterizar e representar personagens mais antigos ou personalidades da política, da ciência, da música e da literatura, como, por exemplo, o próprio Osvaldo Aranha, Freud, Getúlio Vargas, Vinícius, Noel Rosa e Nelson Rodrigues.
Assim era no passado o ato de fumar representado como um hábito que fazia parte da vida diária das pessoas, dentro de casa, nos clubes, bancos, repartições, restaurantes, etc. em que artistas famosos, como Humphrey Bogart e Ingrid Bergman e personalidades importantes como o primeiro ministro Winston Churchil, o general Mac Arthur, Fidel Castro e Che Guevara, apareciam fumando em filmes ou fotografias, o que também funcionava como uma propaganda e um grande incentivo ao vício de fumar cigarros, charutos, pipas e cachimbos.
Tragicamente, a maior parte dessas personalidades e astros e atrizes de cinema morreu em consequência disso.
Vê-se portanto comprovada, em face do que acima foi dito, a tese de que os tempos mudam e as pessoas envelhecem mas não melhoram.

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