Não poderia dizer que seja uma confraria na acepção comum da palavra, porque não somos sempre os mesmos, nem nos reunimos fraternalmente na casa de um ou de outro nem em outros locais para conversar, jantar ou fazer festa. Porém somos amigos dispersos que se encontram por esses caminhos da vida, lá de vez em quando, às vezes em pequeno grupo, outras vezes reunindo mais gente, mais circunstancialmente do que por algum motivo previamente combinado.
Desse grupo existencial de amigos em comum, formado de homens e mulheres, muito anterior à existência da internet, do facebook e de outras redes sociais , e que, eu diria, é um grupo de amigos espirituais porque somos amigos de longa data, fazem parte indivíduos espalhados pelo mundo, de diferentes raças, credos e segmentos sociais, das mais diversas áreas ou atividades profissionais.
E é claro, não poderia nomear a todos, mas posso dizer que temos amigos e amigas nos mais remotos lugares do mundo, e de alguma forma nos comunicamos, ou eventualmente nos encontramos, em sonho ou pessoalmente, numa estação rodoviária, numa estação de trem, num metrô ou aeroporto, ou na calçada de uma rua, nacional ou estrangeira, de uma cidade qualquer deste planeta em que, obrigatoriamente, todos habitamos.
Desses amigos e amigas em comum, muitos vão ficando pelo caminho sem que o saibamos, e isto às vezes surpreende àqueles que costumam visitar os cemitérios.
Quero, pois, dedicar este pequeno comentário a todos esses amigos e amigas espalhados pelo mundo, em nossa aldeia natal ou fora dela, e dizer que a verdadeira amizade não morre nunca, e se caracteriza pelo fato de nos sentirmos bem, ao saber que nossos amigos e amigas estão bem, onde estiverem.