A Sociedade Perfeita

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Não tenho partido nem religião, mas sou favorável a um modelo político, institucional, econômico e social mais ou menos de acordo com os princípios abordados por Platão em sua República, por Campanella em sua Cidade do Sol e por Tomas Morus em sua Utopia, onde os mais sábios e virtuosos exerçam o comando do governo, das autarquias e instituições.

Esta sociedade perfeita, baseada nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, deveria ser implantada pelo movimento cultural que antecedeu, se desvirtuou e infelizmente redundou na Revolução Francesa, onde a liberdade se transformou no capitalismo, a igualdade no comunismo e a fraternidade no socialismo. Ela, se não tivesse seus princípios desvirtuados, teria sido constituída de pessoas esclarecidas, independentemente do grupo étnico, político, religioso ou econômico a que pertencessem, devendo como indivíduos, dentro da lei e da ordem, terem a liberdade de se manifestarem, sendo donos de sua vontade de modo igualmente responsável, educado e fraterno, e do direito inalienável de ir e vir, de se comportar, julgar e opinar.

Deste modelo de sociedade perfeita, chamado Sinarquia, têm saído regimes com características próprias e diferenciadas entre si, aplicados em várias épocas e nações, desde Atenas, na Grécia Antiga, com o legislador Sólon, com o seu modelo de auto-governabilidade constitucional, até países atuais como a Suécia, a Noruega, a Finlândia e a Dinamarca por sua moralização política e administrativa e por sua excelente qualidade de vida; a Islandia, onde o povo exige e obtém através de manifestações organizadas o cumprimento de suas reivindicações; a ilha de Cingapura, com seu atual, embora rigoroso modelo de governo, desenvolvimento econômico, jurídico, político e social; Cuba, Uruguai, Suiça e Canadá, com o seu internacionalmente reconhecido e elogiável sistema de saúde pública e outros países que estão a caminho de se transformarem em nações exemplares para o resto do mundo.

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