O Diálogo entre Eiros e Charmion

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Para não dizer que sou catastrofista, quem leu no portal Fronteira da Paz alguns dos textos publicados pelo nosso amigo e conterrâneo jornalista Pedro Nicola pela primeira vez, tem a impressão de que o homem é um fatalista que ao mesmo tempo faz sensacionalismo com alguns assuntos, mas ele apenas tem ressaltado, em suas abordagens, do ponto de vista científico, histórico e investigativo, os fatos relacionados com o fim do mundo, estabelecendo parâmetros entre o que houve no passado e o que vem acontecendo ultimamente.
A propósito, acho que ele ainda não falou sobre o desaparecimento da Atlântida nem de Sodoma e Gomorra.
A Atlântida era um vasto continente que se estendia desde a Groenlândia até a costa norte do Brasil, e que foi desaparecendo, através de sucessivos cataclismos naturais, sob as águas do Oceano Atlântico.
O ‘fim do mundo’, portanto, vem acontecendo há séculos, de modo parcial e isolado, em diferentes lugares do planeta, modificando sua geografia e suas características, em decorrência de hecatombes, catástrofes naturais ou provocadas pelo homem, como é o caso, na era moderna, da explosão de bombas atômicas. Mas se sabe que há quatro mil anos, na região do Mar Morto, através de uma cientificamente inexplicável explosão nuclear, as cidades de Sodoma e Gomorra foram completamente destruídas.
Um veterano jornalista santanense costumava dizer: “Eu não quero saber o que acontece lá na China; mas ali na esquina.”
Ele se referia ao noticiário policial. E isto bem ilustra a falta de interesse (ou de preocupação) geral das pessoas com aquilo por que passam nossos irmãos em outros continentes, hemisférios ou latitudes, até que estas catástrofes ou calamidades começam acontecer no lugar onde vivem.
Mas há um conjunto de fatores que apontam para o ‘fim do mundo’, o qual, como já se sabe, vem acontecendo através de terremotos, furacões, maremotos, erupções vulcânicas, incêndios, avalanches, enchentes, epidemias, massacres de povos (pela guerra, pelo flagelo e pela fome), acidentes aéreos, crimes hediondos, as grandes corrupções do mundo moderno, pós-moderno ou contemporâneo.
Tudo isso decorre de uma constante agressão física, química e mental contra a natureza, ao meio ambiente e à ordem natural das coisas.
Em meados do século dezenove, mais precisamente em 1839, já o escritor americano Edgar Allan Poe escreveu um interessante relato intitulado “O Diálogo entre Eiros e Charmion”, onde descrevia, pelo diálogo das personagens, uma série de fenômenos progressivos causadores do envenenamento químico da atmosfera e que culminariam com a catástrofe final do Planeta.

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